A vontade de registar, de dia, as traseiras do nosso hotel, tinha-me ficado do dia anterior, quando comecei a ficar com pouca luz.
Antes de sair ainda deu para dar um saltito até lá,
Saímos na direcção da Fonte dos Peixes Sagrados que, reza a lenda, nasceu quando um homem sedento bateu com o seu cajado numa pedra e brotou água.
Bateu de novo e peixes apareceram.
Até hoje ninguém os pesca…será mesmo???
Lá seguimos viagem rumo a Tinghir pela R703
voltamos à N10 e às paisagens rudes e belas, mais parecendo saídas dum planeta distante.
em Goulmima saímos mas para a R7101
a R7101 foi como que o preparativo para o que nos reservava o dia de amanhã…
A aridez desta parte do território marroquino era notória e muitas vezes me questionei de que viveria a pouca gente que fomos encontrando.
A fotografia deste burro (como são pequenos os burros marroquinos…) catando cada mm de erva, é bem ilustrativa do que podem encontrar para comer.
Comem pequenas ervas que nascem espontaneamente quando algumas chuvas acontecem…!
Impressionante capacidade de sobrevivência.
Aqui e ali pequenas aldeias como esta – Awir
Toda este percurso na R7101, na R7103 e, mais tarde, na R706 é verdadeiramente fabuloso e lindo.
o dia estava óptimo e numa pequena paragem junto a um rio seco…ainda houve quem se banhasse…
prosseguimos num cenário digno de registo, que nos transmite uma serenidade incrível.
ainda passamos por Er-Rich
este táxi, ainda espera por mais um candidato, já que o normal é levarem 8 com o condutor…
Os táxis vão parando e metendo gente enquanto cabem, numa “sociedade” onde não sei muito bem como fazem as contas. Eles lá se entendem e tudo funciona na maior concórdia.
saímos de Er-Rich
e entramos na N13 até o nosso destino – Midelt, numa estrada que não deslustrava, em nada, a anterior.
onde paramos para almoçar
e voltamos à estrada.
As estradas em Marrocos, genericamente, são boas e têm um pormenor curioso – o seu traçado.
Quase todas apresentam um traçado bem desenhado, mesmo nos sítios mais incríveis. O piso pode não estar em condições mas o seu traçado é bom.
felizmente aos burros não lhes dá muito para andarem pela estrada, ao contrário dos cães e ovelhas que são um perigo.
Felizmente só apanhamos alguns sustos sem consequências, mas todos os cuidados são poucos.
à entrada de Midelt, um novo complexo com uma mesquita está a nascer
até que chegamos ao nosso hotel – Riad Mimouna De Timnay, que aconselho vivamente.
Encontramos aqui um casal motard português, residente em Barcelona, com quem passamos uns bons momentos de convívio e fizemos amizade.
Partilhamos muitos pontos de vista sobre a nossa viagem e acabamos por identificar amigos comuns.
O mundo é mesmo pequeno.
Amanhã seguimos para Meknès.
Até breve